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Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

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Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

23
Fev22

Teorias da Conspiração

escadas

 

No passado dia 16 de fevereiro, foi lançado o livro "Teorias da Conspiração".

A cerimónia decorreu no Palácio Foz em Lisboa e contou com a presença de Jorge Alexandre Lopes da Antena 1 e do Professor José Manuel Anes.

No final da cerimónia, fui desafiado a publicar o texto que agora disponibilizo e que fez parte da minha apresentação.

O vídeo da cerimónia está disponível na página de Facebook do "Teorias da Conspiração - Antena 1".

 

 

Boa tarde.

Em primeiro lugar gostaria de agradecer a vossa presença nesta cerimónia, a qual engrandece o propósito da mesma.

Gostaria igualmente de agradecer ao Secretário-geral da Presidência de Conselho de ministros, o Dr. David Xavier e a toda a sua equipa, pela cedência deste magnifico espaço (palácio Foz) carregado de história.

À Leya pelo convite para escrever este livro e por ter proporcionado esta oportunidade.

Á Maria Papoila, mais propriamente à Jacinta, pelos miminhos, ao Rui Pego, enquanto diretor de programas da Antena 1, por ter apostado no projeto radiofónico do “Teorias da Conspiração”.

Ao Jorge Alexandre Lopes, não só pela sua presença aqui hoje, mas também por ter apoiado essa aventura que foi a produção e emissão do “Teorias”. Devo dizer que depois de mim, o Jorge Alexandre Lopes é a pessoa em Portugal que mais gosta de rádio.

Ao Filipe Ligeiro da Antena 1. O Filipe é uma das pessoas que nunca se vê. Funciona atrás dos microfones e zela para que do ponto de vista técnico tudo funcione na perfeição.

Um obrigado também muito especial ao César Martins, que é outras das pessoas que nunca dá a cara, mas que e neste caso, teve uma paciência infinita para me ajudar a equalizar tecnicamente todos os programas.

Também à Ana Sofia Carvalheda que foi a produtora delegada e que fez o “upload” dos programas.

Á Filomena Crespo que emprestou a voz aos compactos de fim-de-semana e ao Rui Santos que emprestou a sua fabulosa voz aos jingles de promoção.

E finalmente ao Professor José Manuel Anes, não só pelas suas simpáticas palavras, como pela autêntica aula que acaba de nos dar. Uma das minhas ambições de vida é passar um dia inteiro a ouvi-lo falar, e poder acompanhá-lo numa visita à Quinta da Regaleira, pois ele é uma das pessoas que mais sabe sobre os mistérios que o local encerra.

O Prof Anes é de facto uma pessoa fantástica e que ao longo da sua vida sempre se fez acompanhar pelo Livro Sagrado debaixo do braço, ao mesmo tempo que segura numa das mãos o malhete e na outra o cinzel.

Convenhamos que não é tarefa fácil conseguir progredir na vida com as mãos assim ocupadas, mas é tudo o que ele precisa para ser um homem livre e de bons costumes.

É uma honra poder contar consigo nesta cerimónia.

Aos meus filhos, ao Bruno e à Leonor, os meus mais fieis ouvintes (o Bruno telefonava todos os dias ainda não eram 9 horas da manhã com o “report” critico de cada episódio).

E á Manela. A guardiã do meu Templo, a mulher que comigo conspirou ao longo dos últimos meses (e anos) e que, face à minha ausência, segurou as pontas e manteve a barca a navegar sã e salva, mesmo no meio de todas as intempéries e que sempre acreditou no sucesso deste projeto!

E finalmente a todos vocês.

Os que estão aqui

Os que estão em casa a ver, pois esta cerimónia está a ser transmitida através das páginas de Facebook da Antena 1 e do Teorias da Conspiração.

Por isso o meu último agradecimento vai para todos aqueles ouviram e partilharam os 120 episódios do “Teorias”. Se não o tivessem ouvido, discutido e partilhado, ele nunca teria existido e não se teria transformado no êxito que é por todos reconhecido.

 

Costuma-se dizer que escrever é um ato solitário.

Diz-se que a escrita é um fenómeno que ocorre entre o autor e ele mesmo. O ato de escrever clama que a pessoa se enclausure, distanciando-se do ambiente em que se situa para se estabelecer momentaneamente num mundo até então inabitado.

Curiosamente para mim, fazer rádio é precisamente o contrário.

E este livro, sendo o reflexo de um programa de rádio, está imbuído dos mesmos princípios.

Um livro não passa de um conjunto de carateres, ordenados, que alguém em determinada altura se lembrou de os desenhar/ordenar.

Depois de embrulhado numa capa mais ou menos natalícia, ele só se transforma verdadeiramente em livro, quando alguém o decide ler.

Tal como um quadro, cada pessoa que o lê atribui-lhe uma realidade. Interpreta-o de uma forma unipessoal.

Sem leitores os livros não existem.

Com a rádio é a mesma coisa.

Um programa vive dos seus ouvintes

Se ninguém o ouve, ele não passa de uma inóspita experiência sonora.

É esta interatividade que transforma o ato de falar ao microfone, num ato social.

Uma das minhas melhores memórias de infância, era quando os meus pais me levavam à noite à esplanada do Café central em Reguengos de Monsaraz no Alentejo.

Lembro-me que as mesas estavam sempre cheias. As famílias saiam à noite e falavam todas umas com as outras.

As pessoas falavam!

Ainda á pouco tempo tive oportunidade de ver esse mesmo “fenómeno” em Espanha.

Pais, filhos, netos, tios, sobrinhos, todos eles comungavam essa experiência de…FALAR!

Lamentavelmente, hoje em dia, já não falamos uns com os outros.

Escrevemos no Facebook, enviamos fotos no Whatsapp e tiramos fotografias para serem colocadas no Instagram.

Há uns anos o Alexandre Cortez desafiou-me a participar numa sessão de poesia que decorria habitualmente num bar do cais do Sodré: o Music Box.

Devo dizer que aceitei com alguma relutância, pois não percebia que sentido fazia ir a um bar à noite para ouvir poesia.

Não podia estar mais enganado. O bar estava repleto de gente. Gente jovem. Havia casais com filhos de colo!

Á hora prevista, os concorrentes subiram ao palco e perante um silêncio aclamatório, cada um ia dizendo de sua justiça.

Aquele espaço de diversão noturna, tinha-se transformado numa catedral da palavra. Depois de cada apresentação, toda a gente comentava e falava sobre o que tinha acabado de ouvir.

Devo dizer-vos que aquela foi uma das melhores experiências da minha vida.

Para mim, a rádio tem que ser precisamente isto.

Um ato de partilha, de comunhão.

A mesma coisa se passa com este livro.

O que está aqui são verdades absolutas?

Claro que não!

Mas são temas que merecem a nossa reflexão. São pontos de partida para uma sã discussão sobre o Mundo que nos rodeia e os mistérios que alimentam a nossa vida.

Uma das perguntas que me colocam recorrentemente é: como é que eu me lembrei de fazer uma coisa destas?

Bem…quem me conhece há mais anos, sabe da quantidade de coisas malucas que já fiz ao longo da vida.

Sabe que sempre gostei de viver “fora da caixa”.

Talvez por isso é que tenha “aterrado” um OVNI às 5 da manhã no cimo do Parque Eduardo VII.

Ou que aos 16 anos fizesse parte da Associação Portuguesa de Ilusionismo (e ainda faço), ou que tenha um Circo de Pulgas – o Circo de pulgas da Nônô.

Por isso é que fiz o mestrado aos 55 anos

E esteja agora a concluir o doutoramento!

Mas a verdade, é que tudo começou quando vi os primeiros 5 minutos do primeiro episódio da última temporada da série “Os Ficheiros Secretos”.

Aqueles 5 minutos, que resumiam toda a saga, alertaram-me para uma outra realidade. Um Mundo paralelo, que vivia aqui ao meu lado e para o qual não se dava muita importância.

Este foi o ponto de partida para a descoberta de histórias, muitas delas fantásticas e alucinantes que preencheram o meu dia-a-dia durante 8 meses.

Sim, a sua procura foi um ato solitário, mas o desenvolvimento da ideia teve em atenção as reações dos ouvintes e sobretudo o desenvolvimento que a página de Facebook do programa ia tendo dia-a-dia.

Á media que ia descobrindo novas histórias e entrevistando novos protagonistas, os ouvintes bombardeavam-me com novas abordagens, novos temas.

Sabem por exemplo que muitos dos batons que as senhoras usam, contêm uma substância que visa adormecer as mentes para que possam mais facilmente ser manipuladas pelas entidades que governam a Nova Ordem Mundial?

E sabiam que andam a matar os passarinhos e a substitui-los por drones que controlam os nossos movimentos diários?

Claro que nada disto é comparável com a morte de Paul McCartney.

Sim ele morreu e foi substituído por um sósia!

Contrariamente ao que aconteceu com Elvis e Michael Jackson, que continuam vivinhos da silva e a viver na Argentina.

Tudo isto é de facto fantástico, mas será que a nossa vida não o é também?

Basta que percamos uns breves minutos diários para nos questionarmos e tentarmos perceber os mistérios que nos rodeiam.

De onde vimos, para onde vamos e sobretudo qual o sentido da vida!

De facto, estamos rodeados de sinais.

A maior parte deles têm permanecido obscuros, longe de olhares profanos e por isso mesmo alvo das mais variadas interpretações.

Cada um de nós tem a sua.

Os números por exemplo, são um bom exemplo e este livro tem um capítulo sobre isso.

O problema é que essas traduções muitas vezes levam a desvarios, transformando esses lapsos comunicacionais em autênticas conspirações que regra geral têm como ponto de partida a tal… Nova Ordem Mundial, que está associada aos extraterrestres, quer eles sejam reptilianos ou Anunnakis!

Humberto Eco costumava dizer que a internet deu voz a uma legião de imbecis. As redes sociais estão repletas destas irmandades e a COVID 19 veio demonstrar que além do perigo sanitário que a ela está associado, existe um outro, igualmente perigoso e quiçá mais mortal, o da sanidade mental!

Não compete à DGS combater esta praga, mas a cada um de nós perceber qual o nosso papel aqui na Terra e de que forma é que podemos colaborar para o melhorar.

E meus amigos, do meu ponto de vista essa batalha ganha-se se falarmos.

UNS COM OS OUTROS

SEM DOGMAS

LONGE DE PRECONCEITOS IDEOLÓGICOS

Mas acima de tudo falar…

Nós nascemos como pedras brutas e se deixarmos aos outros a difícil tarefa de polimento, estaremos a abdicar daquilo que é mais importante, a nossa felicidade!

Eu não sou escritor

Não o pretendo ser. Não esperem num futuro próximo, nenhum romance ou autobiografia.

Este livro, resulta de um desafio que a Leya me fez, estava eu ainda a meio do programa, sem saber que temas iria ainda desenvolver.

A Rita Fazenda que mais parecia a minha orientadora de doutoramento, teve a calma suficiente para acompanhar os meus receios e sobretudo as dificuldades.

E o resultado está aqui.

Espero que o leiam e que o discutam com a mesma dedicação com que ouviram o programa de rádio.

Se assim acontecer, estou certo que dei por bem empregues as horas que passei a ouvir o meu Pai a gravar num velhinho gravador de bobines, nos longínquos anos 60, as “Produções Publicitárias de Reguengos”.

Porque se calhar foi assim que tudo começou.

Obrigado

 

 

 

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