EL CATARRO
Fui hoje alertado por alguns amigos, para a prosa que Vasco Pulido Valente assina no Público.
Confesso que não sou leitor dessa catarrónica personagem, mas dada a insistência…fui ler.
Já por diversas vezes me questionei, sobre o que leva alguém, neste caso um órgão de comunicação social, a dar voz a semelhante criatura.
Entre outras coisas, conclui que todo o ser humano precisa de ter um inimigo em quem possa fazer a sua catarse diária, um qualquer Manuel Moura dos Santos!
Os jornais sabem disso e V.P.V. veste na perfeição este desiderato.
Mas se este princípio é valido, o que levará então esta aventesma, a destilar DIARIAMENTE um ódio tão primário sobre o PS e tudo o que o rodeia?
Para alguns amigos, tudo se resume ao consumo de substancias ilegais (nos dias pares) e a ingestão em excesso de líquidos destilados (nos dias impares).
Não sei se algumas destas teorias corresponde à verdade, mas sei a razão de tão profundo ódio ao PS.
Eu explico…
Decorria o ano de 1985.
Ramalho Eanes o Presidente da República à altura dos acontecimentos, tinha acabado de dissolver o Parlamento e convocado eleições intercalares, as quais levaram à primeira vitória de Cavaco Silva.
Para quem já não se lembra, o grande adversário do PS na altura era nem mais nem menos do que o PRD, partido nascido sob o beneplácito do próprio Ramalho Eanes e que veio de facto a retirar muitos votos e deputados aos socialistas.
Na altura, o quartel-general do PS em termos de campanha eleitoral, situava-se na Fundação José Fontana, no Restelo. Era aí que se produziam entre outras coisas, os tempos de antena.
Agora, adivinhem quem era nessa altura o responsável criativo pelos tempos de antena do Partido Socialista??????
Exacto! VASCO PULIDO VALENTE!!!!
Foi VPV que “inventou uma série de “sketches” humorísticos, que eram a espinha dorsal dos tempos de antena e que tinham como protagonista, um tal “general balança” protagonizado pelo actor Miguel Guilherme, que travestido de Ramalho Eanes, parodiava a atitude pouco digna do Presidente da República.
António Guterres, era na altura o Secretário Nacional para a Organização do PS e assim que visionou o primeiro tempo de antena, esfregou os olhos de incrédulo, vetou a sua emissão e afastou Vasco Pulido Valente da coordenação da equipa.
Os portugueses nunca viram esses filmes humorísticos, mas Pulido Valente, alimentou a partir dessa altura um ódio de morte a tudo o que mexesse e cheirasse a PS.
Percebem agora a origem para esta esteatorreia crónica?
Tudo não passa portanto, de uma mera “penis envy”!