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Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

27
Ago19

The Repair Shop

escadas

O período de férias é para mim uma oportunidade para conhecer novas coisas, novas cores, sabores e culturas.

Uma das formas que privilegio para ir ao encontro deste desiderato, é…ver televisão!

Normalmente quando estou no estrangeiro, aproveito os fins de tarde para passar em revista as centenas de canais que os hotéis normalmente disponibilizam.

Este ano foi exceção e como estou praticamente divorciado da televisão portuguesa, sempre dá para ficar a saber o que se passa “lá fora”. Regra geral acabo sempre por descobrir algumas “pérolas” e desta vez fui surpreendido pela BBC.

O programa chama-se “The Repair Shop” e é atualmente uma das séries mais populares do Reino Unido.

repair1.jpg

O que é que este programa tem de tão especial? TUDO!

A começar na simplicidade do tema; uma equipa de artesões. Propõe-se a dar uma nova vida a objetos que o tempo se encarregou de retirar de circulação.

Os programas são gravados no cenário único de Weald and Downland Living Museum, um vilarejo situado a sul de Londres (West Sussex) que mais parece ter saído de um conto de fadas.  

The-Repair-Shop-2-300x190.jpg

A história é sempre a mesma; alguém tem em casa um objeto muito deteriorado, estragado, sem funcionar. Dirige-se à “Repair Shop” onde é recebido por um dos 18 especialistas. Cerâmica, fotografia, peles (cabedal), marcenaria, instrumentos musicais, brinquedos antigos, quadros, seja o que for, esta gente agradece, ouve a história de vida que está relacionada como objeto que é apresentado e depois dedica-se com corpo e sobretudo alma, ao restauro da peça. No final, entre lágrimas de emoção e agradecimentos a toda a equipa, o objeto volta para a posse do seu legitimo dono.

Ao longo dos vários episódios que assisti (existem 3 séries e eu já vi pelo menos duas) a “Repair Shop” foi visitada por gente de várias camadas sociais mas sobretudo com idades já muito avançadas. É comum aparecerem senhoras com idade acima dos 90 anos!

As peças que entregam ao cuidado dos restauradores, são  as suas memórias, pedaços de uma outra vida e normalmente são acompanhadas de fotografias originais nas quais aparecem avós ou bisavós, histórias que comovem até o coração mais empedernido.

repair3.jpg

Questiono-me que raio de país é este que conseguiu conservar tantas memórias. Pergunto a mim mesmo, se alguém se lembrasse de fazer uma coisa destas em Portugal, se por acaso apareceria alguém com objetos desta importância. Será que nós estamos a tratar bem a nossa história?

Duvido.

O audiovisual está a viver um período complicado. As operadoras de televisão optaram por balizar por baixo os critérios editoriais e atualmente tudo se resume a uma disputa “estéril” entre uma apresentadora de nome Cristina e o resto do Mundo. Enquanto isso, os canais de streaming (Netflix e companhia) continuam a aumentar a quota de mercado em detrimento dos canais tradicionais.

Ninguém parece importar-se com isso…

Curiosamente o “Repair Shop” é o oposto desta triste realidade portuguesa.

Uma iluminação superior, aliada a um décor único e uns protagonistas que mais parecem verdadeiros atores, transformaram este modelo, num sucesso de televisão e que tem disso partilhado entre a BBC 2 e a BBC 1.

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Afinal fazer televisão não é assim tão complicado, basta ser sincero e simples.

21
Mai19

A Insustentável Leveza do Macaco

escadas

Já houve alturas em que eu pagava para ter um debate político com Paulo Rangel.

Rangel é daquelas personalidades que desperta em mim o que tenho de pior. Com o tempo comecei a achar que a haver esse debate, ele poderia acabar comigo a fazer uma imitação barata de Sérgio Conceição em dia de clássico com o Sporting e isso em nada dignificaria a política portuguesa, a qual já está suficientemente conspurcada com as frases e atoardas de Rangel.

Quando olho para Paulo Rangel fico sempre na dúvida sobre a pessoa que contemplo; umas vezes faz-me lembrar a minha infância e os momentos mágicos que vivia na praia da Nazaré quando a nossa manhã era surpreendida com a presença dos fantoches “Robertos”. Rangel tem algo de “Roberto”, se bem que desconheço a existência de alguém que lhe enfie a mão por baixo para o manobrar, não creio…

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Outras vezes, este candidato do PSD faz-me lembrar a minha tia Ermelinda. A Tia Linda, como os mais novos muito jocosamente gostavam de lhe chamar, era um portento da natureza e apesar dos seus 134 kg não permitirem subir escadas ao mesmo ritmo que nós, isso não a impedia de vestir um pequeno biquíni e passear alegremente ao longo da Costa durante as manhãs de Agosto. Rangel é um pouco disto também, tem matéria a mais para tanto corpo.

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Discutir com Paulo Rangel é como ir a um Parque de Diversões pela primeira vez, nunca se sabe o que encontrar e que tamanho terão as filas para cada diversão.

Há uma áurea de mistério que envolve Paulo Rangel e não tem a ver com o facto de ser o escolhido para cabeça de lista, como se naquele partido não existisse ninguém melhor que ele. Essa imprevisibilidade prende-se com o facto de nunca se saber como irão acabar os debates; que tipo de pedra polmes arremessará ele desta vez…

Há no entanto uma coisa a qual podemos contar. Quando as coisas começarem a correr para o torto, Paulo Rangel irá a correr fazer queixinhas à professora vociferando debaixo das suas saias: Pssôra pssôra, aquele menino tirou-me os meus macacos do nariz!!!

 

 

08
Fev19

JUÍZES DO SANTO OFÍCIO

escadas

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Por estes dias corre tinta (muita diga-se de passagem) sobre as mulheres vítimas de violência doméstica. Os militantes da demagogia eclesiástica, já vieram a terreiro bradar cobras e lagartos contra o Estado (entenda-se O GOVERNO) que uma vez não cuidou ou protegeu os seus cidadãos.

Talvez assim seja, talvez o Estado essa instituição omnipresente devesse, qual Deus na Terra, estar em todo o lado. Não digo que não. O estado Social já viu melhores dias é um fato, mas…e a justiça, a nossa justiça? Qual o contributo que tem dado para que a morte violenta de mulheres se transforme numa banalidade mundana e alvo da cobiça dos Correios da Manhã deste mundo?

É verdade que muitas mulheres se sentem cada vez mais desesperadamente sós. É verdade que a busca de soluções leva muitas vezes a respostas estremas, mas também é verdade que os tribunais e os juízes que neles trabalham têm contribuído para uma certa impunidade que perpassa em Portugal.

São inúmeros os casos de sentenças que mais parecem homilias do “santo ofício” e que teimosamente continuam a identificar as mulheres como as únicas causadoras dos tormentos porque passaram.

Somos uma sociedade de marialvas. Frases como “Estavas mesmo a pedi-las…” ou “com essa roupa estavas á espera de quê?” refletem bem um léxico que faz parte do imaginário masculino, não admira por isso que juízes como Neto Moura olhem para um bom par de pernas e se instrospecionem: “pois…estavas mesmo pedi-las…queixas-te de quê agora???”.

Sejamos claro, o Senhor Juiz Neto Moura pode pensar assim, é um direito que lhe assiste. O que não se compreende, é como é que este tipo de atuação passa incólume sem que nada lhe aconteça.

Este senhor juiz, depois de tudo o que foi dito e escrito, vai continuar a julgar os seus semelhantes e isso é que inaceitável.

Tomei conhecimento de uma história que aconteceu há pouco tempo. Ricardo Salgado decidiu ir jantar fora com a família. Ao entrar no restaurante foi recebido por uma “orquestra” de talheres a tinirem em copos de vidro. Ao que consta a “manifestação” abrangeu todos os clientes do restaurante. O barulho e o incómodo foi tal, que Ricardo Salgado se viu obrigado a ir embora. Achei curiosa esta reação e eu próprio se estivesse lá teria aderido ao “concerto”, por isso mesmo pergunto:

E se os portugueses começassem a ir para a porta do tribunal onde esse senhor juiz trabalha e munidos de tachos e panelas fizessem a mesma coisa?

(dá que pensar)

23
Dez18

Um Santo e Feliz Menino Jesus

escadas

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Reza a tradição que por estes dias se desejem “boas festas”.

Entende-se por este “cumprimento” que se vão celebrar várias “festas” e no entanto é sabido que a data que se assinala é apenas uma e refere-se ao nascimento de Jesus.

Curiosamente este é um acontecimento que é celebrado até por quem não acredita no Divino e para quem estas coisas que transcendem a nossa existência não passam de uma boa manobra de marketing para iludir e manipular os mais fracos.

Já estive nos dois lados e hoje em dia tenho razões de sobra para acreditar e celebrar a Festa.

Esta é a minha festa. A festa da família.

E nesta família incluo aqueles que o são de sangue, mas também os outros, aqueles que ao longo da vida passaram a fazer parte integrante das minhas reflexões, todos aqueles que partilham o meu dia-a-dia, aqueles que sofrem comigo nas situações mais difíceis mas que também sabem regozijar-se com as minhas vitórias e assim transformá-las em vitorias de todos.

Sendo o Natal uma festa que celebra o nascimento, é também nestas alturas que celebro a partida daqueles que já não estão cá e que já partiram para uma outra existência e…têm sido tantos caraças!

Esta é a minha festa!

E como eu não perco uma boa festa, tento repeti-la o mais possível ao longo do ano.

O sentimento de partilha que se vive por estes dias, só faz sentido se o fizermos repetidamente, sem olhar a datas ou a apelos consumistas.

Bem sei que o nosso mundo está estranho (e perigoso) e que à nossa volta se vê cada vez mais gente que só vive a olhar para o seu umbigo, mas acreditem, a vida só tem graça quando é partilhada por todos!
E lembrem-se, CADA UM DE NÓS TAMBÉM É OS OUTROS!

Dito isto, desejo-vos a todos sem exceção, um Santo e feliz Natal e que este espirito de partilha e comunhão perdure no resto do ano.

14
Dez18

enfermeiros e enfermagem (com letra pequena)

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Antes que me chamem nomes (e vão chamar), devo esclarecer que sou parte interessada neste diferendo que opõe os enfermeiros ao governo.
Tenho pelos enfermeiros uma admiração profunda. Sou filho de uma enfermeira e estou casado com uma, conheço pessoalmente muitos dos dirigentes sindicais desta classe profissional e como se não chegasse, trabalhei na Ordem que em principio os deveria unir.
Dito isto e como me tenho mantido neutral nesta greve que já dura há 3 semanas, entendi que enquanto cidadão e utilizador do SNS, deveria tornar pública a minha opinião.

Estarei sempre na linha da frente nas batalhas que impliquem a defesa das liberdades democráticas e dos direitos constitucionais que as vinculam, mas há formas de “luta” inadmissíveis e entre elas estão as que “sacrificam” única e exclusivamente aqueles que supostamente deveriam ser a prioridade desses mesmo profissionais. Os enfermeiros poderão ter toda a razão nos seus protestos, a forma como os concretizam é no entanto INTOLERAVEL num estado de direito!
Os enfermeiros estiveram sempre na linha da frente no que toca ao apoio dos mais necessitados (todos nós ao fim e ao cabo). Em situações de desespero e de maior fragilidade, é com os enfermeiros que podemos contar. No frio solitário de uma enfermaria, no meio de uma noite de angústia, podemos sempre contar com uma mão amiga que ali está para nos ajudar.
Os enfermeiros foram sempre o nosso garante…pelo menos era isto que eu achava.
No dia em que esta ligação se quebrar, termina a relação de confiança e a razão de ser desta classe profissional, passa a ser a mesma que a do senhor do talho ou do dono da pastelaria; estão ali apenas para fazer dinheiro e os pães têm que se vender, quer eles estejam duros ou não.
O caminho que os enfermeiros estão a percorrer é perigoso e poderá colocar em causa muitos e muitos anos de uma luta pelo reconhecimento de uma classe profissional que muito injustamente foi ostracizada durante muitos anos.
Eu sei que todas as classes profissionais têm direito a ter um Jaime Marta Soares, mas os enfermeiros deveriam ser uma excepção, SEMPRE FORAM!

02
Set18

O Sonho que Alimenta a Vida

escadas

ilhas.jpg

 

De vez em quando (de 10 em 10 anos) gosto de ir ao cinema para ver um filme que me faça sonhar com uma pequena ilha algures na bacia Mediterrânica, na costa da Grécia.

Gosto de imaginar que vivo nessa ilha. Sou dono de um pequeno restaurante que fica situado num dos socalcos da encosta virada a sul, com vista para o azul índigo do mar Egeu. A alma do restaurante é a sua esplanada, com cadeiras únicas sarapintadas de um azul luzidio como se chamassem as águas cálidas que banham lá em baixo a costa da ilha fazendo lembrar os “páteos” sicilianos cheios de luz e emoção.

É aí que eu passo os meus dias. Descalço 24 horas por dia, e fazendo saborosos petiscos que os habitantes locais me ensinaram e que eu temperei com a tradição alentejana.

Todos os dias ao fim da tarde, o restaurante faz uma pausa para que toda a gente possa, as guitarras portuguesas que servem de banda sonora a este “retiro” silenciam-se para que todos possam contemplar o pôr-do-sol em sinal de respeito por mais um dia que pudemos usufruir neste paraíso e com a esperança que o sol que agora se vai pronuncie o nascimento de um novo dia.

As noites são mais calmas e variam entre a vibrante luz dos archotes que iluminam as mesas e as ameijoas regadas com vinho verde sempre fresco e as espetadas de lulas e chocos grelhados acompanhados de pão torrado com azeite e orégãos.

Quando me deito todas as noites dou graças por poder viver assim sabendo que na manhã seguinte terei à porta de casa uma saca de pão quente acabado de cozer, para o meu pequeno-almoço que um dos meus vizinhos continua a fazer religiosamente todos os dias.

“Once in a while” vou ao cinema (de 10 em anos) para alimentar este sonho.

Fui ver o “Mamma Mia” e lembrei-me que este era também um “guilty pleasure” do Jaime Fernandes. Os Abba era uma das coisas que nos relacionava, tal como a vontade de sonhar com “coisas”…

É isso que nos faz andar para a frente.

Bom fim-de-semana.

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07
Jul18

A luta contra o preconceito

escadas

As boas histórias são para serem partilhadas.

Decorria o ano de 1982. O jovem Fernando Neves tinha começado a trabalhar (a sério) há pouco mais de um mês na Arnaldo Trindade a “casa” de muitos dos nomes mais prestigiados da música nacional.

Aquela manhã ria ser diferente. Desde logo porque iria ser passada nos estúdios da rua de Campolide, ali nasceram muitas das canções que hoje trauteamos.

Já não me lembro se foi o Moreno Pinto ou o jovem Barata que estava de serviço, mas lembro-me da cara de todos quando o “artista” entrou pela pesada porta do estúdio 1 para gravar o seu grande êxito desse verão. O protagonista estava afónico!

Pior, a gravação não podia ser adiada pois esperava-o uma digressão pela Alemanha.

Solução…Injeção de “Ricomel” muito em voga na altura e que mais não era que uma mistura explosiva de “Comel” com “Ricolon”.

Menos de uma hora mais tarde, o jovem cantor ainda com 39 de febre, mas com a garganta visivelmente menos inflamada, dispõe-se a registar para a posteridade os primeiros acordes das duas canções que fariam parte do 45 rotações e que o jovem Neves em breve iria levar para as estações de rádio e convencer os locutores a passa-la até à exaustão!

A canção principal não era original. Era uma versão de um tema alemão da dupla Cordalis/Frankfurter sendo a versão portuguesa de Carlos Pontes.

O tema de que falo chama-se “Amor de Verão” e naquele ano de 1997, não havia ninguém que não a cantarolasse.

O cantor chamava-se José Malhoa e era um ”velho” conhecido do jovem Neves em virtude de terem partilhado os palcos alguns anos antes (sim eu já tive outra vida).

José Malhoa gravou nessa manhã o seu maior êxito até então! E como o dia não se fazia esperar, logo a seguir ao almoço, meteu-se na sua carrinha (atulhada com o sistema de amplificação) e fez-se à estrada até à Alemanha. Antes porem deu boleia a este vosso escriba, até aos escritórios da Arnaldo Trindade na Columbano Bordalo Pinheiro.

Quando entrei no carro (ou carrinha) dei por mim a vasculhar as cassetes de música que estavam espalhadas pelo “tablier” e que iriam fazer companhia ao Malhoa durante muitas horas. Antes que me pudesse concentrar e fazer uma lista mental do que por ali havia, o Zé liga o auto-rádio e levanta bem alto o som para que eu pudesse apreciar devidamente o que aquelas colunas “Blaupunkt” reproduziam (e agora é que vem a boa parte da história) e sabem o quem é que estava a cantar naquela cassete?

Aceitam-se palpites……………………………………………………………………………………………………………………

Nem mais nem menos do que George Benson! Mais propriamente o “The George Benson Collection”

Pois é… o grande José Malhoa, ouvia George Benson durante as suas viagens.

Desde esse dia fiquei com uma ideia diferente do Malhoa, nunca me esqueci desta história e fez-me recordar para a vida que o preconceito pode destruir uma boa relação.

Partilhei muitos e bons momentos com o Zé e a sua pequenita Ana (sim, andei ao colo com ela, coisa impossível de acontecer atualmente) e tal como ele,  também não esqueço a Rosa.

José Malhoa esteve hoje no “Alta definição” da SIC e esta foi a melhor forma que encontrei de homenagear um grande homem, um ser humano extraordinário.

 

malhoa.jpg

 

 

04
Mai18

A caixa de Pandora

escadas

cartaz rosa.jpg

 

Ponderei muito se devia escrever alguma coisa sobre o dia de hoje...

Ponderando os prós e os contras, achei que todos nós e principalmente os dirigentes partidários devemos meditar sobre o que leva uma pessoa, um militante de um partido político a abandonar a militância desse mesmo partido?

Se os partidos políticos são o cerne da democracia, os militantes são os arquétipos dessas organizações.

Sem militantes,os partidos não passam de obsoletos salões de chá onde senhoras que já viveram dias melhores, consomem as horas em busca de um tempo que já não volta.

Um partido sem memória, é um partido sem história.

Um partido sem passado, é um partido com o futuro condenado!

Não falo por mim. Como alguns saberão, abandonei a militância partidária há mais de 3 anos, mas no dia de hoje revejo-me nas angustias e nas frustrações de todos aqueles que deram a sua vida por um ideal comum e que de repente compreenderam que estavam sós na berma da estrada e que por ali não vai passar mais nenhum autocarro.

É costume dizer-se que não existem militantes de primeira ou de segunda, mas toda a gente sabe que isso não é verdade. José Sócrates era um desses.

Ao longo do dia de hoje foram muitas a personalidades que demonstraram publicamente a sua solidariedade para com o antigo Secretário Geral do PS. 

Sócrates não precisa da minha solidariedade nem eu preciso de a demonstrar, mas há coisa que têm que ser ditas por mais difíceis que possam parecer.

É como diria Antero:

"Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!​"

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