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Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

26
Mai14

O QUE FAZER COM ESTA VITORIA?

escadas

 

Os especialistas em contas (o que não é o meu caso) poderão encontrar mil e uma formas de explicar os resultados de ontem.

Penso que estas, foram as primeiras eleições em que nem todos os Partidos reclamaram vitória, alguns deles até assumiram mesmo a derrota, mas este foi de facto o único pormenor credível.

Interrogam-se alguns analistas quanto ao “fenómeno” Marinho Pinto. Esquecem-se no entanto da “mensagem” que o eleitorado já tinha transmitido nas autárquicas passadas. A votação em candidaturas ditas independentes, provocou uma alteração na forma como os portugueses abordaram até então a questões eleitorais e a consequente representatividade política. Disse-se então que o monopólio dos Partidos tradicionais tinha acabado.

Bem… parece que não aprenderam!

Não tenho nada contra a eleição de Marinho Pinto, o voto popular é soberano, o que contesto é a razão que levou ao voto neste candidato. O voto em Marinho Pinto, foi um voto de protesto, um voto contra a oligarquia tradicional dos partidos políticos. Um voto contra a forma egocêntrica, como os partidos do arco do poder têm tratado os seus eleitores. Não perceber isto, é continuar a olhar para o seu umbigo e isso é o que me preocupa mais.

Um dia, talvez não muito longe, acordamos e temos à nossa porta um qualquer líder de opinião com ideias extremistas e que consegue capitalizar os votos de protesto de toda uma classe que continua a não se rever nem nos partidos do governo e muito menos, no maior partido da oposição! Não reconhecer isto, é condenar ao fracasso toda e qualquer estratégia de comunicação.

Os Partidos não falam com as pessoas. Olham uns para os outros comos e fossem os donos absolutos da verdade. Auto-estimulam-se com as suas considerações e entram em êxtase com a sua verborreia.

De pouco interessa se os seus eleitores não os compreendem. De pouco interessa que tenham emigrado 200, 300 ou 400 mil portugueses (por falar nisso, algum deputado se lembrou de falar com eles?) no fim haverá sempre alguém para votar, mesmo que essa percentagem esteja a diminuir a cada acto eleitoral. De pouco me vale que o Bloco de Esquerda se tenha eclipsado. Este movimento político há muito que deixou de ser uma mais-valia na cena política portuguesa. Não fico descansado com a subida eleitoral do PCP, os comunistas continuam a pensar que são os verdadeiros donos da esquerda e por consequência da própria democracia. O verdadeiro adversário do PCP, sempre foi e continuará a ser o PS, independentemente do seu líder. Quanto a Marinho Pinto, já se sabe que vai trabalhar em conjunto com o grupo dos Verdes e que vota por Martin Schulz. Mas… e há sempre um “mas” também já disse que não coloca de parte uma futura candidatura ao parlamento nacional ou mesmo Presidência da Republica.

A concretizar-se esta demanda, os portugueses acabaram de eleger um eurodeputado que não tem linha programática, nem ideologia, nem objectivos claros, a não ser, SER ELEITO!

A culpa não é dele e muito menos de quem nele votou.

A culpa é dos Partidos que continuam a olhar apenas para o seu umbigo, dando assim espaço e oportunidade para que continuem a aparecer este tipo de candidatos!

11
Mai14

SÓ PARA HOMENS DE BARBA RIJA?

escadas

 

A vitória que a chamada “mulher barbuda” ontem alcançou no Eurofestival (curioso como pouca gente refere o nome dele/a), desencadeou uma serie de reacções, a maior parte delas favoráveis (para que diz que nunca vê a RTP, ontem pelo menos parece que decidiram pela televisão pública – o que dirá Cintra Torres?)

Bem… em frente.

 

A maior parte dos meus amigos dizem-se admirados, por a “Europa” ter mostrado uma tão grande abertura de mentalidade.

Congratulam-se com o facto de a esta mesma Europa, ter conseguido ultrapassar preconceitos e parecer mais solidária.

Lamento, mas não concordo!

 

Esta Europa é a mesma de sempre, a velha e retrógrada Europa. A única diferença é que aprendeu a fazer negócios (Portugal que o diga). Alguém se lembra do duo Tatu (T.A.T.U.) que em 2009 representaram a Rússia no Eurofestival?

São estas!

 

E o vídeo está aqui

 

Supostamente, as meninas assumiram-se como lésbicas, não se falou de outra coisa e (até prometeram casar se, se…vencessem) semanas depois descobriu-se que tudo não passava de um golpe promocional!

 

Os finlandeses tinham tentado uma aproximação do mesmo género em 2013, sem grande resultado, diga-se…

 

E por falar em promoção. Alguém se lembra da canção e da intérprete da Ucrânia, venceu o certame em 2004?

Talvez se lembrem melhor da cara que da canção… é natural!

E já agora…convém recuar até 1998 para ouvir Dana. Dana International cantava assim.

Sim, Dana nasceu homem. Mudou de sexo em 1993!

 

Portugal também tem o “seu caso”. Patrícia Ribeiro nasceu Nuno Ribeiro, andou pelos Onda Choc e agora “canta” assim.

Cada um levanta a sua bandeira, é um direito que lhe assiste, mas não façam um filme, onde nem sequer enredo existe!

 

Esta coisa do Eurofestival, há muito que deixou de ser um concurso de cantigas. Mais do que uma feira de vaidades, este certame não é mais do que um palco internacional onde se jogam interesses geoeconómicos e questões transversais às canções. Dito isto…vou ouvir o ABBA!!!

 

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