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Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

Escadas Rolantes

Na minha terra costuma dizer-se: Quando a merda chega à ventoinha, ficam todos cagados!

31
Jan13

A Paz Podre

escadas

Agora consigo imaginar a sensação de desespero que perpassa pelos jovens portugueses que decidem emigrar.

A sensação de abandono, quando chegados ao aeroporto e prontos para embarcar, olham para trás e reflectem:

- Gaita…não quiseram saber de mim!

 

Mal comparada, esta sensação de “orfandade” só encontra paralelismo, naquela história do marido, que desesperado por já não conseguir olhar para a cara da mulher e sem coragem para acabar com a relação, avisa que vai à rua comprar cigarros e…nunca mais volta. Obviamente que esta atitude é reprovável, mas o que leva a que uma pessoa esqueça toda uma vida e parta para outra, dá que pensar.

 

Compreendo a sensação de abandono que alguns sentem nesta altura.

Mas vendo bem as coisas, não será que a culpa em parte é também nossa?

 

Quando em 1961 disse "Não perguntes o que o teu País pode fazer por ti, pergunta o que podes fazer pelo teu país!", John Kennedy contestava o tom “sebastiânico” com que normalmente a sociedade enfrenta os seus desafios.

O que é desejável, é que apareça por aí a esvoaçar pelos ares, um qualquer Super-Homem, que envolto na sua capa azul, consiga por nós, vencer “os maus” e derrubar todos os obstáculos!

O problema é que não vivemos no Mundo da “Marvel” e como tal temos mesmo que fazer pela vida, pois ninguém o fará por nós. Enquanto não nos capacitarmos disso e continuarmos à espera do nosso Super-Homem, seja ele qual for, não conseguiremos ir a lado nenhum.

Cada um de nós tem que agarrar na sua capa (o maillot pode ser dispensado) e partir por aí em busca da sua guerra!

É preciso lutar!

Nós não precisamos de consensos, precisamos de rupturas! E esta é uma realidade que os nossos políticos tardam em perceber.

Foi este inconformismo que levou D. Afonso Henriques a sonhar com uma coisa chamada…Portugal.

 

 

25
Jan13

O que faz correr António José Seguro?

escadas

  Guernica, por Victor J.

 

 

 

António José Seguro tem um dilema, ou melhor, um trilema!

Os fantasmas de António Costa e José Sócrates atormentam-lhe a cabeça (um de cada lado) ao mesmo tempo que tenta fazer oposição a Passos Coelho e sim, eu quero acreditar que António José Seguro, quer fazer oposição a este governo.

 

Isto representa uma carga de trabalhos e não é tarefa fácil, eu por exemplo não gostaria de estar na pele dele, mas… eu também não me ofereci para ser Secretário-geral do PS, foi António José Seguro que se ofereceu ao sacrifício e logo na noite das eleições, “ainda sobre o cadáver fumegante de José Sócrates” como muito bem referenciou Miguel Sousa Tavares em directo na SIC.  

 Mas enfim… isso são águas passadas.

 

A António José Seguro falta muita coisa e não é de estranhar, pois é um político jovem, tem uma equipa igualmente jovem e é líder há relativamente pouco tempo, mas há uma coisa que os seus conselheiros lhe deviam aconselhar, a leitura do “Guerra e Paz “ de Leão Tolstoi, só porque a história ensina-nos muita coisa!

 

O Secretário-geral do PS não tem vida fácil, mas convenhamos, que nunca nenhum líder do PS teve vida fácil, faz parte do código genético do PS, portanto não é de estranhar!

Outros há, que alegando o facto do actual líder ter sido eleito democraticamente, há quase dois anos, não se justificar ainda abrir uma “guerra de sucessão”. Curiosamente, estes defensores de Seguro, são os mesmos que acham que Passos Coelho, eleito igualmente democraticamente há dois anos, já devia ter ido embora. Contradições? Nem por isso, apenas na forma de expressão.

Eu sei que o tempo é inimigo de Seguro, o líder do PS precisa de tempo para cimentar a sua estratégia, seja ela qual for, mas…será que Portugal e os portugueses, também partilham o seu calendário?

As sondagens dizem que não. As sondagens mostram que os portugueses, estão  descontentes com a governação do PSD e de Passos Coelho, mas não dizem que a alternativa é o PS.

 

Depois de ler o “Guerra e Paz”, António José Seguro chegará à conclusão de que se quer de facto assumir-se como líder de um grande partido como é o Partido Socialista, não tem que temer o confronto e o debate e o Congresso é o melhor local para debater cara a cara com todos aqueles que o acusam de protagonizar uma oposição frouxa.

O Congresso, é o local ideal para explicar aos seus camaradas, as trapalhadas das nomeações autárquicas de Matosinhos e Cascais por exemplo.

O Congresso, é o local ideal para explicar aos congressistas, a razão pela qual, durante a presente legislatura, ter optado por fazer tábua rasa em tudo o foram as politicas do Partido Socialista nos anteriores governos, nomeadamente os de José Sócrates.

O PS fez algumas coisas mal?

Claro que sim, mas também protagonizou muita coisa boa, os portugueses sabem disso, mas aparentemente só alguns…

 

Não devemos ter vergonha do nosso passado, da nossa história, devemos isso sim ter orgulho daquilo que fizemos pois temos a consciência tranquila, de que lutamos por um Portugal, mais justo, mais solidário, mais próspero, sem esquecer ninguém, do litoral ao interior, seja rico ou mais carenciado (e sobretudo estes).

Estas são as bandeiras do PS, estas são as razões pelas quais os portugueses votaram em Mário Soares, em Vítor Constâncio, em Jorge Sampaio, em António Guterres, em Ferro Rodrigues e em José Sócrates. Esta é a nossa identidade, a nossa matriz, a nossa história!

É urgente devolver essa identidade, este património ao Partido Socialista.

 

Bem…e isso deverá ser feito quando, perguntam os meus amigos… O mais cedo possível!

Os autarcas do Partido Socialista e principalmente os portugueses que vêm neste partido uma réstia de esperança para o desastre que se abateu sobre Portugal, agradecem.



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